quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

De sentimentos, separações, ausências e quereres...

Vários textos pela metade. Vários assuntos a serem despejados. E uma confusão de sentimentos não me deixam organizar em palavras o que deve ser dito. Sinto silêncios. Me sinto em prova. Se as pessoas que diziam me amar tinham a intenção de me fazer sentir a pessoa mais mesquinha e egoísta do mundo, sinto em dizer... mas conseguiram.
Eu sempre defendi a ideia de que a gente nunca pode deixar ninguém fazer a gente de idiota, de imbecil..
Mas hoje eu sinto que vacilei. Deixei algumas pessoas penetrarem no mais íntimo do meu ser e deixei elas serem levianas com meus sentimentos. Não, isso não é nada bom.
Mas eu também não sou vítima coisa nenhuma. Errei com muitas pessoas.
E eu só consigo chorar. Porque me sinto desumana demais. E dói. Dói demais.
Quando a gente gosta de alguém... deve desejar as melhores coisas possíveis para essa pessoa. Que tudo na vida dela caminhe bem. Mas por que eu não consigo desejar isso?
Por que eu me sinto mesquinha por torcer tudo ao contrário do que devia... e nem desejar saber de...?
Não faço ideia de tudo que eu sinto agora. Mas é imensamente doloroso. E não consigo tirar da cabeça que você está vivendo muito bem, muito-bem-sem-mim.
Estou apavorada. E me sinto muito sozinha.
E eu acho esse sentimento que sinto por você muito idiota. Egoísta. E um lixo.
Eu deveria torcer para que você estivesse feliz com a escolha. E que essa escolha estivesse fazendo um bem danado a você. Mas não.. e eu sou boba. Idiota. Mesquinha. Egoísta. Destruidora dos outros? (devo mesmo ser)
E sou louca. Absurdamente louca. E não consigo assumir que perdi. Perdi a mim. Perdi você. Pedi algumas pessoas queridas. E eu lamento.
É porque, as vezes, eu nem queria mesmo que fosse certo, errado, perfeito, imperfeito. Às vezes eu só queria mesmo que fosse. De novo.
Ou mesmo que ainda SEJA. Agora. Hoje. Só.
Quero conter meu choro. Quero um abraço. Quero ser amparada. Quero colo. E quero continuar sendo merecedora do pensamento que 'isso também vai passar', que 'tudo vai dar certo' e dessa fé grandiosa de que tudo vai mudar. Tudo vai ser transformar. Porque o mundo gira, sabe...
E eu vou seguir acreditando, meu Deus, prometo! Acreditando mesmo sozinha, mesmo fraca.
Porque algumas coisas a gente aprende mesmo é sozinha. E não preciso preciso de culpados. Ninguém é culpado por não sentir o mesmo que eu sinto agora.
Amor, carinho, atenção... são espontâneos. Ou dão, ou não nos dão. Sabia?
Mas eu sinto falta. Falta de segurança, das promessas de futuro, da intensidade do querer tudo logo. Dos amigos, dos planos e de compartilhar coisas que não cabem no próprio peito por tão grandes que são...
E eu sinto falta de.... você. Dos meus amigos que por tanto tempo foram meus. E sinto ausências.
Peço a Deus que eu entenda e aceite que as coisas têm seu tempo e que preciso ter calma. Porque existem muitos precipícios aqui dentro e que me levam para longe em silêncio. Porque o que eu quero do mundo é algo divino, algo infalivelmente divino. Que me traga paz.
Não essa memória distante daquilo que foi ou poderia ter sido incrível... um dia.

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"...Porque eu não perdi uma estação, eu perdi a mim mesma e agora me sinto como um prédio que foi demolido e está sendo reconstruído, tijolo a tijolo novamente. E esse processo é muito difícil, mas acho também a experiência mais bonita que uma pessoa possa vivenciar. Toda reforma, é para fazer melhoras e, algumas coisas, por não poderem ser recuperadas, terão de ser substituídas. E a gente se apega demais a tudo. Pois estou tão disposta às reformas, mesmo que isso inclua marretadas no meu coração logo pela manhã, bem cedo." (M.Q.)

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