quinta-feira, 2 de junho de 2011

E pelo direito de sentir e VIVER...



Eu respondi: ...não se preocupe. O melhor da gente é poder se entregar e se permitir para as histórias que a gente acha que deve. Depois se a gente sofre? O que que tem? Uma hora passa e tudo se põe no lugar. E estamos prontos pra outra. Num é mesmo?

Simples assim!


*
É que eu achei lindo, lindo, tão lindo. E fofo, confesso, a frase do amigo mais lindo e muito querido que guardo a quase três anos na vida, Aristides. Um dos quais me apaixonei por falar, por abraçar  e por trocar tantas confidências num olhar, nas mãos dadas, nas conversas. O mesmo que sempre vejo apaixonado. Cheio de frases lindas, sensíveis e mergulhadas de paixão no nosso mini-confessionário MSN (aquele que eu e você sempre escrevemos algo propositalmente). E profundamente, pra mim, foi simples e singela a frase. Cheia de significado, que me inspirou e a qual me deu o nome do post desse texto: 
"Dentro de mim existe um coração ingênuo. Que AMA facilmente e sofre sempre".

Eu acho que aquela história vivida pela metade. Que talvez apenas eu tenha vivido SOZINHA tem me deixado um pouco melancólica, mas também muito pensativa e cheia de medos. E isso tem me entupido de auto-defesas. Mais ainda do que todas aquelas que construir com o tempo. 
E pra quê, né?

Acho que a gente tem tentado se proteger tanto contra os sentimentos, as pessoas, os momentos. E por quê? Por que tem medo, né? De sofrer?
Acho que hoje eu só queria dizer que queria, aliás me sinto como meu amigo. Me sinto ingênua. De coração frágil. Cheio de apego. Cheio na entrega. E sentindo saudades. E eu não era assim, né? Ou fui, mas tinha me coberto de defesa contra isso. E meus outros textos me entregam. Mas assim como a minha facilidade de me apegar é grande, também as chances que tenho de me deixar entregar, viver (por mim) -mesmo que seja pra se machucar depois- são grandes.
Eu não sei. E assumo que tenho me entupido de auto-defesas do tipo... "não quero gostar de ninguém". Ou "preciso parar de me envolver com aquele carinha porque já me sinto ligada a ele de alguma forma". E que agora cheia de medo apagou o número dele do celular pra não cair em tentação de ligar, ou mandar um sms (bendito sms que me deixa zangada depois comigo mesma. haha).
E sei lá... o carinha que me inspirou nos outros textos. E que eu já (quase) me sinto no direito de cortar da minha vida. E sim! Me trouxe ontem a pergunta a mente: O que eu faria se caso ele me perguntasse quem é a pessoa que falo nos textos anteriores?
A resposta simples e ao mesmo tempo constrangedora, pra mim,  seria: "É VOCÊ"!
Careta? É pouco. Mas se tem uma coisa nessa vida que eu aprendi e que faço sem problema algum é assumir meus sentimentos.
A resposta eu já teria. E transcrevo...

É você! Porque da vida aprendi que tenho o direito de deixar fluir o que quer seja de sentimento. Raiva, dor, tristeza, alegria, amor. E principalmente a PAIXÃO. E não quero que você me diga que sente ou não mesmo por mim. Se seria interessante gostar de você e você de mim? Ô, e como seria! Mas se não. Me deixe sentir. Porque eu me dei essa escolha. Porque tenho esse direito. Tenho o direito de deixar viver qualquer sentimento que surja dentro de mim. E porque sempre permitir que histórias se abrigassem dentro de mim. Pelo simples fato delas cooperarem para meu crescimento. Espiritual, emocional, sentimental.  E sempre me permitir viver as histórias que acho e sinto que devo viver. E se me machucam? E se dói? E se uma determinada história não me fez bem? E dai? Não me importa. Eu ao menos vivi. 
Sempre me dei a liberdade de incluir histórias na minha vida quando acho que devo vivê-las. Mas isso é graças (também) ao direito que me dei de decidir até quando elas devem permanecer nela. E pela liberdade que tenho de descartar qualquer história que vivo, principalmente quando ela tiver doendo o bastante. E se eu já tiver feito tudo por ela e não obtive nada em troca. E faço isso com vontade, viu? Porque sei que isso me fará crescer também. E eu sei que mudanças vão ocorrer. E depois vou poder falar dela com uma certa gratidão. E por que? Porque eu me permitir VIVER. Por mim e para mim.
E, sinceramente, se gosto de você só pela paixão pouco me interessa. Mas eu sei que gosto de você POR MIM. Porque eu estou me permitindo gostar. E talvez eu até tome um porre pra chorar. Mas e daí? Eu tô fazendo por mim. Deixo doer o que tem pra doer. Esse sentimento vai ficar pra sempre? Não, não vai! Uma hora com toda a minha vivência eu vou perceber que se ela em nada me acrescenta. Também não merece fazer parte da minha vida. E vou esquecer você. Se é fácil? Nada! Mas se tem uma coisa que não faço é cultivar sofrimento. Não vou deixar dor nenhuma justificar minha existência. Sentimentos têm fim? Eu simplesmente não sei. Mas que chega uma hora que eles tomam outro rumo, outra direção isso eu não tenho dúvidas.

*

Hoje eu tenho certeza de quando devo assumir o que sinto. E isso não me faz menos e nem mais que ninguém. Mas me faz sentir (mais) mulher. Decidida e determinada. Porque se eu posso sentir, posso dizer e posso tentar trazer quem eu quero pra minha vida. Mas se nenhuma das tentativas der certo. Eu posso dizer Eu fiz alguma coisa. Tentei. E depois? Ah depois eu posso até chorar! Mas logo eu me refaço e estou pronta pra outra. Simples, né? Mas é assim mesmo!

*

Acho que hoje eu só quero desejar que...

Com toda sua honestidade, transparência e entrega... Viva a história que você acha que deve viver. E que você saiba com toda certeza até onde pode ir por ela. Faça o que puder fazer. E quando sair dela poderá dizer "Eu tentei... Fiz minha parte!" E vai sair dessa história bem-resolvida e com bastante dignidade!

Na vida, no amor... Não há como calcular o efeito de cada momento que aparece e que se disponibiliza pra gente na caminhada! Mas uma coisa eu tenho certeza: Se não viver, não há como saber...




Há um caminho cheio de possibilidades a sua frente. E você parado com medo de seguir?
Eu quero seguir, mesmo que me eu me machuque. Eu quero viver "aquela" história mesmo se eu sofrer. 
Sabe... A cada caminho novo que se escolhe há uma paisagem linda que se abre a frente esperando pela gente. E se a gente fica parado pode perder os espinhos (que também são essenciais), perde a caminhada e principalmente a paisagem que pode se vislumbrar a frente. A metáfora é: Eu Quero VIVER mesmo que eu me machuque. E se machucar? E daí? Eu posso esquecer. E eu esquecendo vou poder me abrir para outras histórias que virá com dignidade! E com toda minha transparência... E assim sigo!

Um comentário:

  1. Nossa que Bom que Eu inspirei vc a Fazer esse belo texto, Isso pra mim é uma Honra!
    Te adoro Muito Minda Linda. L. O. N. (Elione).
    Bjos. Te AMO!

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