quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

E eu queria dizer só não sabia como...

Ao dormir ontem com o barulho dos pingos de chuva bem levinhos no telhado e ao acordar hoje com o calor, que levantou mais cedo que eu... e me despertou é um bem que não tem preço.. É um bem que faz o dia ficar mais bonito. E que nos traz um bem mais bem danado!
E parece que é energético que impulsa, motiva e dar coragem para imaginar o dia que quiser... Um dia melhor...
E acreditar num mundo melhor totalmente diferente do que é...
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Estou numa fase introspectiva... numa fase de pausas. Não estou escrevendo textos grandes com palavras daquelas que parecem que grita, num desabafo de dor ou de alegria.
Mas no fundo tem um tanto de coisas amontoadas que eu queria falar, escrever, unir e formar um texto bem do jeito que eu quero que saia... Eu penso num texto diferente. Um texto que caminhe feito pessoa e que construa um caminho ou faça mesmo que uma abertura para adentrar um novo rumo... Um texto que ao menos motive esses dias e encorajem de força para serem melhores. Um texto que acalme e sufoque as dores, os medos, as angústias.
Mas é que as vezes as palavras não conseguem se organizar pra dizer o que se sente. Ou a gente é que não consegue organizar, não sei. É que , às vezes, a gente nem sabe direito o que sente e não consegue nem explicar.
Acho que no fundo eu queria era alguém, que me salvasse da angústia desses dias. Desse medo que adentrou e faz moradia aqui como se fosse seu espaço. Mas eu já sei... Ninguém pode me salvar.
Alguns pensamentos são tão pessoas que eu não consigo nem descrever. É confuso, é invenção, é indignação.... é outra coisa... ou é nada... não sei...
Estou imersa no meio de uma dúvida, de medo... de uma confusão de sentimentos. Tenho medo da indefinição dessa sensação.
Esse texto não tem definição, assunto... ou tem e eu que não compreendi o que escrevi. Sei lá!
Acho que essas palavras não tem direção. Ou talvez nem explique ou nem diga nada.
Hoje eu acordei metade silêncio, metade música.... daquelas que a gente dança com a alma.
Estou presa em sensações que sufocam.
E eu queria vibrar perspectivas boas... leves, lindas e emocionantes.
Mas é que hoje eu sinto vazios...
Quero emitir felicidade, mas é que não consigo....
Quero confiar mais, mas não sei se consigo desse jeito...
Confiar MAIS no caminho, nas pessoas, na vida, no amor...


Acho que é delírio... delirei de sensibilidade....
Então fecho os olhos e tento imaginar um novo recomeço...


E HOJE, dia tão frio dentro de mim... lembrei desse trechinho abaixo...

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"...Mas é como a vida.... Algumas coisas parecem não fazer o menor sentindo. Só quando Fazemos é que percebemos o fim devido, que nem esperávamos. Estava lendo um trecho da Martha Medeiros e achei tão lindo. Eu sempre me emociono. Sim. Quando ela falava sobre tristeza. Não, que eu esteja triste. E se for, que bom. Mas achei lindo quando ela dizia:
"(...) Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro da nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão.
Estar triste não é estar deprimido.
Depressão é coisa muito mais séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo,
é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente - as razões têm essa mania de serem discretas."
Eu gostei tanto. Que pensei: hoje estou triste?
Acho que me sinto pensativa demais. Reflexiva demais.
Algumas histórias nos deixam assim, né? Alguns acontecimentos também.
E viver tem dessas coisas mesmo. Tem dias que acordamos desbotados, calados.
A gente fica, de vez em quando, quieto.
E que nos deixem quietos, então. Quietude é dádiva. Acumula força. Nos dar sabedoria.
Daqui a pouco a gente volta. E tudo volta ao normal. 
Daqui a pouco finalizamos a dor ou qualquer sentimento que nos deixem "fora do ar".
Daqui a pouco voltamos ao que somos... E ponto."
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Feito por mim... 30/07/2010.

Elioene.

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