terça-feira, 5 de abril de 2011

Simples assim...

"A gente só precisa é entender que o HOJE é tudo que nós temos."
*
*
*
Eu fiquei pensando no que eu poderia escrever aqui hoje. Porque sentimentos são tão inconstantes. Mudam de lugar. Mudam de tempo. Saem. Voltam. Somem. Mudam. E como mudam.
Eu pensei em falar da minha chateação. Pensar em como enfrentar. Em como mudar. 
Mas hoje eu acordei metade verso. Metade canção. Porque eu dormir depois de tanto chorar. Chorar pelo que não tenho. Pelo que nem chegou. Pelo que passou. Chorei de saudade. Nostalgia.
Aquela chuva despertou essa saudade que nasceu aqui dentro de mim guardada. 
Sabe aqueles dias que você acorda gostoso? Com lençóis quentinhos. Gotas d'agua no teto. Música boa aos ouvidos?
Acordei assim...
*
Refletindo em como a gente desperdiça tempo com besteira. Como desperdiçamos VIDA por tão pouco.
A gente tá aqui hoje e nem sabemos até quando, nem onde... E perde vida sendo babaca com as pessoas, com os momentos.
É tanta gente que se passa desapercebido do que é viver. Nossa e eu me incomodo.
Porque eu não tenho a menor paciência de ver a vida passar, sabe? De vê-la escorrer pelos dedos sem que eu a tenha aproveitado, desgastado.
E hoje me bateu uma lembrança. Me bateu a saudade.
Do que já vivi. Do que ainda nem tive oportunidade de viver.
Acordei em silêncio entre quatro paredes escutando Marisa Monte descobrindo meus tempos perdidos. E refletindo...


"Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos prá voltar
E o quê, que a vida fez
Da nossa vida?"
*
*
*
Nossa! Eu me incomodo de não ter feito nada. De não ter experimentado.
Pra mim... Eu acredito nessas coisas que a gente vive despudoradamente incontrolável.
E que a gente viva sem pudores, sem medo. Abandonando certezas, correndo atrás dos riscos.
*
É como nessa manhã que eu acordei feliz pelas minhas escolhas, pelos meus tombos, por todas as falhas...
E vibre de alegria....
Porque eu acordei ser ter sido concebida por essa maturidade que, sem explicar como, eu tenho.
De arriscar a fundo por um instante de curiosidade fiel saber como pode ser. E nunca de como teria feito.
E de perceber o futuro nesse agora. Bem aqui pra se viver.
Se eu nunca perdi oportunidade de viver algo?
Claro, muitas vezes  e sempre me atrapalho e perco chances de viver coisas boas a todo instante. Mas não queria. Não mesmo. Me perco sem perceber. Mas se perder também é perceber de alguma forma a vida no que passou e melhor ainda no que poderá ser.
E eu admito... que enquanto eu tiver fôlego de vida estarei aproveitando esses momentos que aparecem me dando um instante de vida diferente do que ela pode vim a ser.
Eu não gosto de previsibilidade. Gosto do incerto. O improvável.
É que, sinceramente, não dar pra esperar as coisas incríveis acontecerem, se você não se permitir que aconteçam. Mesmo dando a cara à bater. Mesmo correndo o risco de se magoar.
Afinal, "Sem viver não há como saber"
E isso é escolha!
E porque hoje eu me dou conta de que não são as grandes escolhas que mudam nossa vida, e sim as pequenas.
Simples assim!
[Texto feito em 20/02/2011. E resolvi, por algum motivo, publicar hoje, 05/04/2011.]

Nenhum comentário:

Postar um comentário