Quase um ano...
E eu sei o que eu senti com a partida. Talvez fosse medo de ficar sozinha mesmo. Ou talvez fosse apenas certeza de que não era como eu esperava.
A intensidade dos abraços, das carícias, dos beijos nada mais foi que a carência passeando conosco numa aventura que foi apenas uma aventura e nada mais.
Me enganei... dei nome ao que sentia sem ao menos conhecer direito o que vivia.
Eu me sinto totalmente envergonhada. E uma timidez tamanha me invade agora. (Bobagem, mas sinto).
Não quero ver seu rosto. Não que eu queira que você esteja mal. Mas porque não quero rever as confusões de sentimentos que existiam em mim nos dias que estive com você.
Me perdoe, mas eu sabia que nada poderia dar certo entre nós.
Primeiro porque talvez eu fosse egoísta demais ao achar que você não dava certo comigo.
E que só eu era capaz de me sentir dentro de mim mesma e entender que não estávamos numa relação certa um com o outro. Ma fingi e permaneci ao seu lado.
Segundo que eu sabia que alguns dias ou meses na frente eu excluiria você da minha vida, se você tivesse ficado aqui... Como quem dissesse: Você não tem a mesma sintonia que a minha.
Porque eu me torno enjoativa em certas relações medianas e sem graça.
As coisas tinham que ser como foram. E têm que permanecer como estão.
Não tenho paciência pra fingir ser tua quando nunca fui e não posso ser.
E eu senti sua falta... Eu chorei mesmo. Dividir versos com você quando nem você sabia.
Meu facebook se encheu de vazio com a sua partida. Mas eu entendo hoje o que existia, o que sentia. Por isso tenho vergonha e sinto muito, muito...
Porque dei nome errado ao que sentia. Imaginei uma relação que não poderia existir.
Construí em você o perfil de homem que nunca existiu. E chorei. Porque esse homem não existia. Você era apenas um homem ainda em amadurecimento. Se é que hoje já amadureceu. Sinto em dizer, mas é.
Das sua palavras pela metade, das brincadeiras bobas, das impermanências. De forma que você se comportou...
Não. VOCÊ, não era pra mim MESMO! Muito menos eu pra você.
Quando você foi embora e eu chorei por medo. Eu acreditava que o problema era em mim pela falta de consideração da sua parte. Das ligações nunca feitas. Mas, enfim, descobri que eu não tinha nenhum problema. E sim você que não era capaz de ter uma mulher como eu nas mãos. E que não era capaz de cuidar de mim.
Apesar do que aconteceu... foi até bom as notícias não dadas. Até os telefonemas que não foram feitos.
Hoje me encontro solteira, livre e forte. Amando minha companhia mais e mais.
E aprendi que uma relação verdadeira com sentimentos intensos só acontece quando duas pessoas estão prontas uma para a outra. Eu estava, mas você não.
Mas sabe qual a verdade dessa história toda? As coisas quase nunca são como parecem que são...
Eu me encontro bem. E quero que você saiba aproveitar seu retorno pra cá. E que possa entender de uma vez por todas que pessoas mudam (eu mudei). E que você encontre alguém feito exatamente como você quer para seguir ao seu lado.
Porque eu... Ah, eu estou me preparando para encontrar alguém (que não é você) que goste de mim e me aceite assim... Linda, inteligente, sensível, confiante, comprometida com a vida e amando a si mesma.
E sabe quando a Elenita disse: "E o que tem que ser tem muita força"? Pois é, eu ri suavemente pela força da frase e concordei. Concordo!
Sua partida não foi tão ruim assim. Mas foi apenas a conclusão que as coisas não eram pra ser como eu imaginava que fossem. Ou como você imaginou (se imaginou).
Quem muda o que tem ser?
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