segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sobre Decepção


E hoje eu acordei frágil demais... 


Eram cinco da manhã. E eu estava intacta, parada. Não tinha coragem de me levantar e ir para a academia. Dia difícil será hoje, pensava eu. Levantei. Vesti a roupa. Escovei os cabelos. Pus a presilha. Peguei a moto e sai. Cheguei à academia. Aquele frio roendo a pele. E academia estava quase vazia, a não ser pelo rapaz que abre todos os dias e uma senhora que fazia exercícios. Peguei minha ficha. Fui pedalar. E em meio aos exercícios eu me pegava num pensamento tolo. Me sentia totalmente fria comigo. Eu não sei que espécie de sentimento me tomava a mente, meu corpo, que paralisava. As pessoas vinham chegando. E eu lá reflexiva. "O que há?" Diziam eles e pensava eu. Hoje estou reflexiva demais, frágil demais, sensível demais, angustiada demais... "Não, eu não estou triste". É que eu quero pensar mesmo. Ficar quieta, Me observando. Mas não consigo. Eu não tenho paciência pra me ler.

Reflexão do dia: Tem muitas pessoas que nos comove bastante, sabe. Não falo de comoção por um motivo emotivo, feliz. Mas comoção por um motivo avassalador, que quer destruir. A gente tá no mundo solto. E a primeira pessoa que sabe nos ganhar com uma bela receptividade fica e se estabiliza na nossa vida. E criamos uma relação de confiança com decorrer de dias, meses, anos. Às vezes demoramos tanto para confiar. E quando se confia em alguém a gente fica tão feliz. Porque confiança é algo que nos deixa bem, muito bem. Nos dá segurança. Mas é incrível porque se demora tanto tempo pra aprender a confiar, mas se leva instantes pra descobrir que confiança é tão maior que não vale a pena usa-la com pessoas tolas.
E a gente já tem medo de seguir na vida. E quando nos decepcionamos com alguém que confiamos temos muito mais. Temos pânico de acreditar de novo. Temos receio de seguir, prosseguir. Quando a gente perde confiança. A gente ganha é medo.
Medo de que ninguém nos ame, Medo de sermos sozinhos e não termos ninguém pra compartilhar segredos, confidências...
A nossa confiança na vida fica minúscula também.
Eu fiquei pensando um tempão, enquanto malhava. Me doía tanto quando me recordava das pessoas que eu quase escolhi como únicas e sempre na minha vida. Me dói muito. Eu sangro por dentro.
Confiança é uma coisa tão rara, tão digna, tão pura. E não merece está estampado, entregue de bandeja pra qualquer pessoa.
Algumas pessoas não dão valor aos valores que temos por elas. Infelizmente isso não está tachado ou escrito na cara delas. A gente só descobre quando se decepciona. E entende que elas não trazem isso escrito na cara, mas têm escrito e confirmado na alma. E só vão aprender a lidar com dignidade com os outros quando encontram alguém com quem acertem as contas (E se aprendem).
A gente tá na vida pra aprender também... Mas é tão complicado.
Dignidade é muito na vida, sabia? Algumas pessoas não entendem isso. Que pena!
Dignidade só quem a tem que sabe cuidar.
Mas a gente se recupera de situações desastrosas como decepção. E a gente só segue.

E seja lá o que acontecer... A gente é mais!

E a nossa vida é muita pra perder tempo chorando, lamentando, se culpando pelo que nem deveria...
E mesmo se a gente chorar, se culpar... Depois a gente descobre que não deve ser assim. Passa! Como tudo passa! E ai a gente aterriza e caminha de novo.
Só peço a Deus que me livre de pessoas tolas, sem valores, sem dignidade. Amém.

Depois da reflexão toda. Terminei os exercícios. Voltei para casa. Linda e bela. Sentei em frente o computador e escrevi.





Termino silenciosa. Pensativa por isso e por outras coisas. E escutando Realejo do Teatro Mágico - Aqui.

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