domingo, 25 de março de 2012

E daquela conversa...

Mas antes eu quero dizer que "eu teria buscado a lua se você tivesse mostrado que queria"...

E foi quando aquela música me levou ao começo dessa história toda. E bateu a saudade. Saudade do primeiro contato que tivemos. Porque era o novo que se instaurava na nossa frente. E eu, como alguém que adora o desconhecido, mergulhei de cabeça.. com alma, corpo, coração. E foi onde surgiu aquela paixão idealizada. Bateu saudade e me revir permitindo me apaixonar mesmo que não rendesse nada, nenhum retalho ou um rascunho de uma história que pra mim era importante.. E porque a conversa de ontem me aliviou. E muito.
Outro dia eu escrevi no facebook que achava que a gente gostava das pessoas, mas gostava mais ainda da narrativa que aparece da gente quando tá gostando. Porque pela própria paixão ser boa... a gente se apaixonava só pra sentir o frio na barriga, o baticum do coração, o medo... que se sente quando tá apaixonado. E foi muito bobo isso, mas é verdade. E eu nem sei o que quero dizer hoje. Nem sei mesmo. Tô 'vuada' nos pensamentos, nas lembranças. E só decidi escrever pra desabafar e de novo...
Depois da conversa de ontem parece que dividir um peso. O sentimento enorme que eu carregava se alargou e chegou (por coragem minha) aos ouvidos dele. E não é só eu que sei agora. Mas é que essa mesma conversa também me trouxe uma perspectiva de que a vida não pode continuar mais assim.... Que é preciso seguir... e parar de esperar. Não esperar mais intensidade onde não existe, entende?
Mas dessa história toda que eu construí (sozinha) quem tem a coragem de me perguntar se não sofri?
Se alguém perguntasse, eu responderia: Claro que sim. E muito.
Eu passei esse tempo todo arriscando.... um olhar... um sorriso... um beijo... um abraço... uma ligação... um sms... uma conversa... tanta coisa. Algo que me trouxesse ele pra perto, mesmo que só na minha mente, e só, sabe? E eu adorava (e adoro) essa fantasia. E muitos dos textos que eu escrevi (aqui, aquiaqui e aqui.. entre outros) foi totalmente inspirados nessa ilusão toda. A música que me lembrava inspirava. A foto. O verso. E eu escrevia lembrando e desejando cada passo e mais passos dos dois juntos.. E foi também triste lembrar disso.... Muito triste. Porque eu fiquei pensando: Qual o sentindo de ser tolerante e insistir numa história que não sairia dos encontros afortunados? Mas sabe a tal conversa de que a gente "paga pra ver"? Eu paguei e perdi todas as vezes, é verdade. Mas nem importa mais. Eu vivi. Mesmo que sozinha eu vivi. E gostei. E tentei... Posso dizer: Me permitir. E mesmo que não tenha dado certo, eu fui lá e gostei até o átimo de segundo dos dias.
Mas é que...
Outro dia eu escrevi aqui que estava cansando. E hoje mais cedo conversando com a Yasmim eu disse que Gostava (ainda) dele, mas que gostava mais de mim. E ai eu lembrei que quando a gente quer ouvir o coração a gente pode ouvir ele dizendo'CHEGA'. E o meu gritou isso. E eu não posso e nem tenho condições de continuar numa história que só existe pra mim, na minha cabeça. Por mais que seja amor, o meu nunca vai ser capaz de amar por dois. Porque relacionamento é coisa de dois e não de uma pessoa só.
Mas foi bom tudo. Os desatinos. Os ciúmes. As conversas. As únicas noites que tivemos. Foi bom..  e pra mim. E foi suficiente pra que surgisse em mim um sentimento maduro... sem cobranças.... Apenas gostando e desejando. Mas viver estacionada na porta de uma única possibilidade que não se abre pra mim não dá mais.
Porque quando de uma história não resta mais que um solo de despedida ao fundo... é preciso pedir força pra seguir APESAR DE.

É. Mas não é hora pra chorar... rsrs Tudo passa, a gente muda e o amadurecimento chega e ensina que não existe história de amor de verdade se ela não for de duas pessoas...
E de uma maneira esquisita (talvez) eu, finalmente, entendi que quando uma história não tem que ser... Ela simplesmente não vai ser. E ela se vai... sem retorno... sem olhar pra trás... E só há o 'adeus'.
E eu só posso entender e aceitar. Foi bom... mas uma vida inteira me espera bem lá na frente.
Amém!

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"...Hoje, até posso olhar para trás, pois não sei andar de costas. 

Mas o passado, já dizia aquela música que escutei repetidas vezes, é uma roupa que não me serve mais."