sexta-feira, 26 de março de 2010

Liberdade?

O que me falta ainda? Liberdade? Mais o que liberdade tem haver com essa situação toda? Desculpem...
Vivo meus limites familiares como se fossem grades! Um pesadelo... Tudo bem, isso pode ser apenas mais um grito ou desejo de uma garota que não suporta seus pais porque eles, simplesmente, lhe colocam uma lista de o que fazer e o que não fazer, até ai tudo bem. Mais escolher o que seguimos, o que ouvimos não é demais? E quando impõe a religião acima de você? Como isso ainda me surpeende. Me dar um nó na garganta. Será que aqui não existe um ser humano?

Não era pra sair um desabafo... era pra sair uma linda mensagem daquelas que faz fluir em nosso coração paz e aconchego.
Eu só precisa pensar... desabafar!
Desculpe-me!

Sensações...

Não consigo escrever em palavras o que sinto. Talvés porque o que sinto não se pode descrever é apenas para sentir mesmo. Bom... nessa inconstância toda deixo palavras de Clarice Lispector...

 



"[...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”






Coloquei porque parece meu... eu por Clarice Lispector.

terça-feira, 16 de março de 2010

Meus "Porquês"

Amanheço todos os dias procurando saber na verdade quem eu sou, de onde vem as pessoas e o mundo. Caminhamos pela vida eu e minha sombra. Sempre sozinhos. Já vivemos aventuras de todos os tipos.  Meus incontavéis "porquês" me atormentam dia e noite. Dentro do meu universo me distraio, sento, escrevo... Me reinvento, me imagino de uma outra forma ou de nenhuma forma... Mas logo me refaço e volto a caminhar novamente... Por aí, eu e minha sombra. Às vezes, nunca sabemos pra onde vamos. E no fim, sempre chegamos em algum lugar. As palavras que mais repito são os "porquês"...  E amanheço todos os dias perguntando o porquê da minha existência... o porquê da existência de tudo e de todos... E assim, amanheço todos os dias...

sábado, 13 de março de 2010

A Solidão, Minha Colega de Quarto

Onde estão as minhas pessoas? Será que esqueceram de mim? Não se interessam mais por mim? Estou invisível? Ou elas não têm mais tempo para mim? Às vezes, me pego pensando porque me desespero quando estou só. A solidão será de fato uma dor? Ou será que ela chega, para por uns instantes como que dissesse: "Ei, fica um pouco ai sozinha e pensa sobre o que está faltando na sua vida". Caminho de um lado para outro como bicho assustado procurando um canto para sossegar. Pareço sufocar com as lembranças de ontem, com a vontade amanhã. Não posso reclamar da solidão, eu mesma a escolhi para ficar comigo. E ficar com ela foi uma escolha que eu fiz a muito tempo. Fico roendo minhas unhas até sangrar. A carência bate, e tudo por aqui dentro dói. Penso, que carência é o corpo se vingando por escolhermos a solidão. O amor já passou por aqui... parou, ficou... e já se foi. Não pude segurá-lo. Apenas sangrei. O vento me convida a sair. Respondo que não posso. Preciso ficar só. Sozinha. Me deixe apenas o silêncio para me fazer companhia. E a paz para me tranquilizar. Me deixe à sós comigo mesma. Para mim, a solidão é mais que uma hóspede. É uma companheira de quarto por excelência. Escolhi viver só. Acho melhor ficar à sós comigo mesma do que estar com alguém somente para passar o tempo.